
Perturbação da Hiperatividade com Déficit de Atenção
Num mês que se assinala a relevância desta problemática, esclarecemos alguns pontos característicos e o que pode ser feito em intervenção.
A Perturbação de Hiperatividade com Deficit de Atenção é uma perturbação do Neurodesenvolvimento e do comportamento caracterizada por:
– Padrão persistente de Desatenção e Hiperatividade/Impulsividade;
– Presentes em 2 ou mais contextos;
– Sintomas que interferem ou reduzem a qualidade de funcionamento social,
académico ou ocupacional;
– Presentes antes dos 12 anos;
– Não explicados por outras perturbações mentais.
Salienta-se que esta patologia poderá ter 3 apresentações, apresentação combinada, apresentação predominantemente por Desatenção e, apresentação predominantemente por Hiperatividade / Impulsividade.
Seja qual o tipo de apresentação e sempre com o foco na criança/jovem, família e escola, a intervenção deve ser orientada para a especificidade do indivíduo e seu contexto.
No que respeita a Etiologia e Fatores de Risco, é Desconhecida, com Base Genética que explica 70-80% da variabilidade fenotípica;
Os Fatores Ambientais explicam 20-30% da variabilidade fenotípica (dieta, prematuridade e baixo peso á nascença (Hack et al., 2004; Mick et al., 2002), o consumo de tabaco durante a gravidez (Langley et al., 2005; Linnet et al. 2003), fatores sociofamiliares.
Então, o que se propõe com a Intervenção Psicoterapêutica? Diminuir o comportamento inadequado, aumentar o comportamento adequado e manter o comportamento adequado ao longo do tempo e em situações diferentes.

Assim, controlando o ambiente é possível melhorar o comportamento, alterando não só os acontecimentos que ocorrem antes do comportamento (antecedentes), mas também alterando os acontecimentos que ocorrem depois do comportamento (consequências).
Independentemente da expressão , o foco da intervenção é multimodal. Assenta na criança/jovem, família e escola, orientada e orientada para a especificidade do indivíduo e seu contexto.